Dirigentes das 123 entidades sindicais filiadas a CUT em SC foram convidados a participar do I Seminário Estadual do Orçamento Participativo (OP) da CUT SC, a plenária aconteceu ontem, 23/10, no auditório da FECESC, em Florianópolis.
Representando o SINTE/SC, estavam presentes o Secretário de Finanças Sandro Cifuentes, o Secretário de Assuntos Educacionais e Culturais Aldoir Kraemer e a Secretária Adjunta de Organização da Grande Florianópolis Anna Julia Rodrigues.
De acordo com Quintino Severo – Secretário de Finanças da CUT Nacional, palestrante no seminário, a intenção é debater onde e como a CUT deve investir seus recursos, para que as decisões não sejam tomadas apenas por dirigentes ou tesoureiros e sim através das demandas vindas da base, ou seja, dos sindicatos filiados. Um processo de democratização da gestão e das informações da Central, visando valorizar as entidades associadas.
Quintino ressalta que as plenárias estão acontecendo em todo Brasil, e já em fase de finalização. Ele diz que esta rodada é a primeira etapa, de onde serão tiradas as demandas para serem sistematizadas e mensuradas, posteriormente, todos os Estados deverão receber a segunda plenária, quando as demandas já estudadas serão priorizadas conforme a necessidade das entidades filiadas da região.
Severo destaca que a principal demanda levantada pela base é a aproximação da CUT no dia-a-dia destas entidades, uma interiorização da Central. A questão da mobilidade dos dirigentes, visando à chegada dos mesmos aos sindicatos também foi discutida como um problema de estrutura.
Para o Presidente da CUT-SC Neodi Giachini a principal importância do seminário, é demonstrar às entidades filiadas a transparência nas contas e recursos da Central. Pois são elas que repassam os valores a CUT, então devem ser informadas de onde estão sendo investidos os mesmos.
Entre as demandas em SC Neodi destaca as questões de mobilidade e estrutura, ele cita a sede da CUT-SC que precisa de reformas, bem como, a importância da presença dos dirigentes no interior, levando em consideração que SC e RS são as únicas estaduais da CUT que contam com regionais, aqui no Estado são seis.
Ele falou ainda sobre a dificuldade nos dias de hoje de mobilizar os trabalhadores para a luta, visto a grande mudança na conjuntura política e econômica do país. Com o maior acesso a bens de consumo, financiamentos, queda de desemprego, mais acesso a universidade, a consciência política do coletivo mudou. Hoje o pensamento ficou mais individualista, por isso a dificuldade em unir as várias classes trabalhadoras nas lutas por pautas específicas. Sendo assim, esta também é uma demanda das plenárias, pensar estratégias, também nos investimentos, para atrair os trabalhadores para as mobilizações da Central.