SINTE participa de audiência pública sobre interdição de escolas na Regional Araranguá

 

A tarde de hoje,12, foi marcada por muita indignação por parte de professores, estudantes e pais que participaram da Audiência Pública convocada pela Comissão de Educação da ALESC que discutiu a interdição de 7 escolas na regional de Araranguá, mais precisamente nas cidades de Sombrio e Balneário Gaivota, que estão há quase um mês sem aula por causa das interdições, atingindo 3500 alunos da rede Estadual e 350 trabalhadores em educação. O SINTE esteve presente com representantes da Executiva Estadual e a Regional Araranguá. O evento contou com a presença também de prefeitos, vereadores e seis Deputados.

Acompanhe a fala do Secretário de Assuntos Educacionais e Culturais do SINTE Luiz Carlos Vieira:

A constituição de um corpo de engenheiros e arquitetos dentro da Secretaria de Estado da Educação (SED) e a definição das Gerências Regionais de Educação (Gereds) como as responsáveis diretas pela manutenção das escolas, em substituição às Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), estão entre os vários encaminhamentos da audiência pública.

Conforme o promotor de Justiça da Comarca de Sombrio, Daniel Nunes, as escolas foram interditadas pela falta de sistemas de segurança básicos, como extintores de incêndio, falta de dedetização e problemas estruturais, entre outras questões. “A situação das escolas era drástica, calamitosa, um total abandono, um descaso que já vem há cinco, seis anos”, disse.

De acordo com a presidente da Comissão de Educação da Alesc, deputada Luciane Carminatti (PT), a audiência foi convocada após a comissão ser procurada por vereadores, pais e alunos das duas cidades, na busca por apoio para a solução dos problemas. As interdições afetam, ao todo, aproximadamente 3 mil alunos e 350 profissionais da educação. “Infelizmente essa é uma situação que se repete em outras regiões do estado”, destacou a parlamentar.

Críticas à ADR
Durante a audiência, não faltaram críticas à atuação da ADR de Araranguá – à qual Balneário Gaivota e Sombrio estão subordinadas – na manutenção das escolas. Um a um, representantes das sete escolas relataram os problemas dos estabelecimentos. Na escola Praia de Gaivota, em Balneário Gaivota, a quadra de esportes ruiu durante o Furacão Catarina, em 2004, e até hoje não teve solução. A maioria das escolas já enfrentou mais de uma interdição por problemas estruturais.

“E um verdadeiro deboche. Para mim, isso é inoperância administrativa da ADR e dos nossos representantes”, afirmou o professor Paulo Roberto Eggler, da escola Catulo da Paixão Cearense, em Sombrio. A unidade tem mais de 100 anos e é a mais antiga do Sul do estado. Seu prédio está interditado e os quase 300 alunos foram encaminhados para um prédio alugado, que também foi interditado. A licitação para a reforma da escola não saiu do papel, embora os recursos tenham sido assegurados.

Escolas interditadas:

Sombrio

  • EEB Irineu Bornhausen
  • EEB Normélio Cunha
  • EEB Macário Borba
  • EEB Protásio Joaquim da Silva
  • EEB Catulo da Paixão Cearense

Balneário Gaivota

  • EEB Praia da Gaivota
  • EEB Profa. Doralina Clezar da Silva

Fonte: Agência AL

 

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