Moisés não cobra sonegadores e quer que trabalhadores cubram o rombo da previdência

Os trabalhadores e trabalhadoras no serviço público de SC devem se preparar para as lutas em defesa do destino de suas vidas. Para tanto, precisam se prevenir contra o Governo Moisés, no seu retorno com o estudo do projeto de Previdência.

Este projeto atende aos interesses exclusivos do alto empresariado catarinense, que faz coro e torce pela aprovação desta matéria, que vai cobrir os rombos provenientes da sonegação e renúncia fiscal, já arrancaram reajustes da nossa alíquota previdenciária que subiu de 8% para 14%: uma extorsão que desejam aperfeiçoar. Dessa forma, recorre ao fetiche da palavra Reforma, que no caso do Governador significa fazer que o "andar de baixo" (trabalhadores), pague a conta da turma do "andar de cima " (alto empresariado e altos salários).

Tendo a reforma como a palavra de ordem, essa concepção ampliada pretende aprofundar a retirada de direitos dos trabalhadores/as, centrada nos aposentados/as, que já trabalharam conforme as regras legais e constitucionais. Estes fizeram os pagamentos antecipados, para configurar suas poupanças previdenciárias, conforme seus contra-cheques testemunham.

Mais uma vez, numa criminosa manipulação da opinião pública, esses trabalhadores, que ingressaram no setor público, por provas e títulos, são apresentados como vilões, que roubam os cofres públicos e responsáveis, pela falência do Estado de Santa Catarina.

Com este repertório, o presidente do IPREV afirma que em 10 anos, terá uma redução de despesas, na ordem 900 milhões de reais, com a aplicação da reforma contra os funcionários públicos. Essa redução de despesas, significa a redução da qualidade de vida. E acrescenta que em 2021, a vida dos aposentados vai promover um déficit de R$ 5 bilhões.

Como na farsa da Reforma da Previdência da União, não tivemos em SC, uma auditoria na Previdência Estadual que apure a composição e histórico desse déficit. Números impactantes e assustadores, acompanhados de culpados, repetindo por décadas, que os culpados são os trabalhadores do serviço público, em combinação com todas as empresas de Comunicação e, suas variadas mídias. Dizendo isso para toda a Sociedade, num processo de condenação e execração, que dispensa provas.

Por fim, a figura do predador do erário público se confunde com a do trabalhador no setor público. Se aproveitando dessa construção, dá-se o avanço de uma peça intimidativa do Governo Moisés, que estoca o funcionalismo, ameaçando que a reforma será dura!

Essa " Dureza " da versão de 2021 da Reforma Previdenciária, atende ao pagamento das dívidas políticas que Moisés contraiu para retornar ao Centro Administrativo de SC, porém, sem ter o Governo. Por essa nova conformação de poder político, ele deve atender os ditames da aliança contraída com o PSD, partido que está exigindo a aprovação da Reforma Previdenciária. São novos atores e velhas políticas de ódio contra o serviço público.

Mesmo assim, com inigualável cinismo Moisés mostra disposição para dialogar com os agentes das elites, setores privatistas, ávidos para assaltar o patrimônio do Estado e, a Previdência é um rico patrimônio. Em flagrante deboche o Governador diz que vai deixar tudo "Redondo" para aprovar na Assembleia Legislativa. Entretanto, esse órgão público de fiscalização e controle esqueceu os Respiradouros da Covid, escândalo de R$ 33.000.000,00, desaparecidos, juntamente com o dinheiro da Previdência, numa gestão, onde o Governo é o responsável único e imediato pelo déficit previdenciário.

Enfrentamos mais uma etapa da fúria neoliberal, que em SC, tem-se a reprodução das políticas de Bolsonaro, ancoradas por Moisés, entreguista de primeira hora, dominado pela avareza empresarial. Observemos que Moisés e Bolsonaro se alinharam em justificativas: Brasil quebrado e déficit bilionário em SC. Os dois e, seus empresários, querem o arrocho das Reformas.

A palavra Reforma, sugere aos ouvidos dos menos avisados, modificações causadoras de melhorias para a vida social. Mas no Brasil, isto é sinônimo de planos perversos, para prejudicar as faixas mais vulneráveis e frágeis da Sociedade. Cortes de recursos sociais e, desmonte dos direitos sociais da classe trabalhadora.

Queremos aqui reconvocar a nossa categoria para aquilo que aprendemos fazer, que é lutar com todas as forças e formas pelos nossos direitos, unificados com outras categorias de trabalhadores no Serviço Público de Santa Catarina. O Magistério não vai esperar parado, a chegada da "morte anunciada".

Vamos lutar, como sempre fizemos!!

#SINTESC

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