O SINTE/SC vem a público repudiar a atitude dos deputados Silvio Dreveck (PP), Mauricio Eskudlark (PR) e Leonel Pavan (PSDB), pelo uso da tribuna deste parlamento, para tecer críticas infundadas ao SINTE/SC, usando como justificativa a campanha que está sendo feita pela entidade em outdoors, com as fotos dos deputados que votaram pela aprovação do Plano de Carreira do Magistérios em dezembro de 2015, bem como da possível ajuda de custo para que professores participassem do ato do dia 31, em Brasília. Lamentamos que os srs. deputados tenham visão tão estreita e equivocada do que é realmente o direito à livre manifestação e a função do Sindicato, que tem por obrigação defender os direitos de seus todos/as os/as profissionais da educação.
Ao deputado Silvio, afirmamos, com toda certeza, que a Lei 668/2015 (Plano de Carreira), Lei 16861/2015 (Lei dos ACTs) e a Lei 16794/2015 (Plano Estadual de Educação) aprovados pela base aliada do governo, é o que de pior poderia acontecer com a educação pública catarinense. Trata-se de projetos que esfacelaram a carreira dos/as que têm como responsabilidade a educação de 90% das crianças e adolescentes de nosso Estado. Portanto, sr. deputado, os srs. são, embora não fiquem satisfeitos, inimigos da Educação, com toda certeza.
Quanto ao ato em Brasília, informamos aos srs. deputados que o mesmo foi organizado pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), cuja pauta é: Contra o Ajuste fiscal, Contra a privatização da educação, Não às organizações sociais (OSs), Não à militarização das escolas, Contra a reforma da Previdência, Não ao fim da aposentadoria especial dos/as professores/as, Não ao aumento da idade para aposentadoria, Não a mesma idade para a aposentadoria de homens e mulheres, Contra o fim da estabilidade dos/as servidores/as públicos, Pela manutenção dos direitos conquistados pelos/as trabalhadores/as do serviço público, Pela defesa de uma escola inclusiva, pública de qualidade para todos/as.
Lembramos, também, que ainda vivemos em um País democrático, e nossos/as filiados/as que quiserem participar de atos em defesa de suas convicções políticas não serão impedidos/as pelo Sindicato. As pessoas que estão se dirigindo até o Distrito Federal, o fazem, em ônibus fretados por outras entidades ligadas aos/as trabalhadores/as.
Se os srs. Defendem, com tanta ênfase, os interesses de sua base do governo, por que os trabalhadores/as não têm o direito de defender seus interesses e seu ponto de vista político? Aliás, srs. Deputados, R$ 300,00, para uma viagem de cinco dias, com três refeições diárias, banho, lanche e água, cobrem as despesas do deslocamento? Gostaríamos de saber de suas ajudas de custo, para gasolina, moradia, alimentação, etc. Certamente são bem acima deste valor, não é?
Quanto à denúncia de que professores estão sendo ameaçados, ou coagidos a participar do evento, é uma grande inverdade. O SINTE/SC não usa, nem nunca usou, este tipo de método tão comum em alguns setores do governo.
É função do Sindicato, sim, amparar seus trabalhadores/as, quando estes/as se deslocam para atividades chamadas pela nossa Confederação em defesa das reivindicações dos trabalhadores em educação. Caso contrário, com o salário miserável pago a eles/as, pelo governo, estaríamos impedidos de exercer nosso direito de livre manifestação.
Lamentamos que os srs. se aproveitem do momento delicado que o País vive, e usem a tribuna desta Casa, para propagar inverdades e informações distorcidas sobre a nossa entidade, com o intuito de confundir a sociedade e a categoria.
OBS: VALE RESSALTAR QUE O SINTE/SC NÃO ENVIOU NENHUM ÔNIBUS NEM CUSTEOU A VIAGEM DE QUALQUER MANIFESTANTE PARA O ATO EM BRASÍLIA CONFORME PUBLICAMOS EM NOTA NO DIA 24/03: http://sinte-sc.org.br/trabalhadores-da-educacao/nota-de-esclarecimento-sobre-mobilizacao-em-brasilia/