Na próxima semana acontecerá, em todo país, a primeira grande mobilização dos/as trabalhadores em educação e de toda a comunidade educacional contra as medidas absurdas do governo Bolsonaro.
O SINTE/SC está mobilizando a categoria do magistério, e orienta as Regionais, neste sentido, conforme deliberado na assembleia, todas as Coordenações do SINTE/SC deverão organizar atos regionais, juntamente com demais entidades e organizações sociais e sindicais, especialmente da educação. Caso não seja possível organizar atividades em alguma região, a coordenação deverá entrar em contato com as regionais e entidades de regiões próximas para organizar atos macrorregionais.
Em Florianópolis a concentração será as 15 horas, em frente a Catedral. Entre 16 e 17 horas, iniciará uma grande marcha pela cidade, finalizando com um ato no TICEN.
Estamos na luta contra o desmonte da Previdência e da Educação, confira a pauta:
· A proposta de reforma da Previdência altamente prejudicial para os mais pobres e para o magistério e trabalhadores/as rurais;
· Os sucessivos cortes nas políticas educacionais (ensino superior e educação básica) e a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação (Fundeb e outras políticas);
· O patrulhamento ideológico nas universidades e a ofensiva da Lei da Mordaça (Escola sem Partido ou de Partido Único?);
· A perseguição ao pensamento crítico com enxugamento de verbas para os cursos de filosofia e sociologia nas universidades;
· O viés privatista e sectário que fomenta as políticas de vouchers e a educação domiciliar;
· A agressão à gestão democrática e à autonomia das escolas através da militarização escolar;
· A inoperância inescrupulosa do Ministério da Educação, que afeta a qualidade do atendimento público nas escolas, institutos federais e universidades;
· A revogação de inúmeros conselhos de acompanhamento social, impondo retrocessos à gestão democrática estatal;
· O ataque à organização sindical (MP 873) com o objetivo de enfraquecer a luta social contra esses desmandos praticados em pouco mais de quatro meses.
Além das pautas retrogradas na educação, várias outras ações governamentais têm colocado em risco a sociedade, o meio ambiente e o trabalho no Brasil, a exemplo do que segue abaixo:
· Decreto 9.685 revogou parte do Estatuto do Desarmamento para permitir o porte desmedido de armas de fogo por cidadãos comuns;
· Projeto de Lei “Anticrime”, do ministro Sérgio Moro, pretende tornar inimputável a força policial contra cidadãos, sobretudo jovens e negros;
· Transferência da demarcação de terras indígenas da Funai para o Ministério da Agricultura, amplamente controlado pelo agronegócio;
· Degradação do meio ambiente com a ampliação do desmatamento e a liberação de defensivos agrícolas nas lavouras, com estímulo à caça e à comercialização da fauna e da flora;
· Fim do Ministério do Trabalho, tornando a classe trabalhadora ainda mais refém da ganância do capital;
· Revogação da política de ganho real do salário mínimo e suspensão de benefícios assistenciais e previdenciários que atingem os mais necessitados;
· Cortes na base de atendimento do programa Bolsa Família, medida iniciada ainda no governo Temer, entre tantas outras (des)medidas que visam aniquilar direitos e garantias assegurados na Constituição Federal.
CONVOCAMOS AS TRABALHADORAS E TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO, PAIS E ESTUDANTES PARA JUNTOS IRMOS AS RUAS E LUTAR POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, DE QUALIDADE, PLURAL E LAICA PARA TODAS E TODOS.