Sai governo, entra governo e todo o ano as escolhas de vagas de ACTs, segundos professores e chamada pública continuam com os mesmos problemas de estrutura, logística, de informações, falta de pessoal e de um acolhimento humanizado aos(as) trabalhadores(as) ACTs no importante momento da escolha do seu local de trabalho.
O SINTE-SC está acompanhando as escolhas e em várias regionais, em especial as maiores, como Joinville, Grande Florianópolis, Criciúma, entre outras, tiveram muitos problemas e escolhas tumultuadas, muito deles, devido as reprovações em massa por conta da nota de corte, no processo seletivo do edital 2412/19, que resultou na justa reclamação de aproximadamente 88% dos/as candidatos/as inscritos/as.
A direção do SINTE-SC, acompanhou o referido Edital desde o início, com sugestões e mudanças propostas em audiência com a Secretaria de Educação (SED). Na ocasião, conseguimos algumas alterações, e as demais não acatadas pela SED, foram protocoladas no Ministério Público de Santa Catariana, uma vez que julgávamos essenciais para que o processo de contratação fosse justo e em condições reais de execução, tanto para o governo quanto para os/as profissionais.
O SINTE-SC questionou, inclusive, a chamada “linha de corte”, apresentada em fatores numéricos diferentes de outros processos seletivos, como, por exemplo, do Instituto Estadual de Educação e da FCEE, que também foram denunciados ao MPSC.
Todo esse transtorno e desrespeito aos(as) trabalhadores(as) ACTs é inaceitável, visto que, esses profissionais já são contratados em condições precarizadas, sem garantias da manutenção do emprego, pressionados e angustiados por uma vaga de trabalho para garantir seu sustento e de suas famílias.
Na Grande Florianópolis, os relatos do Secretário de ACTs do SINTE- SC Michel Flor e da Coordenação Regional do SINTE São José, que estão presentes na escolha, é que os professores procuram a mesa do sindicato (que montou uma estrutura no local), para reclamarem da desorganização e falta de orientações da coordenadoria para com os candidatos, problema recorrente de todos os anos. Há também a situação das gestantes e mães, algumas que aguardam a escolha desde as 08 horas da manhã, num calor intenso, junto aos seus filhos, demonstrando ainda mais a desumanização no atendimento a estes profissionais.
Em Joinville a indignação tomou conta na tarde de hoje, de acordo com o Secretário de Juventude do SINTE-SC Osvaldo de França que acompanha o processo na regional, além da total falta de estrutura como superlotação do local da escolha, falta de ventilação, a desorganização da coordenadoria regional da SED, que chamou os acts para a escolha na segunda-feira, o que não ocorreu, está realizando a escolha hoje e por conta do grande número de professores e os problemas mencionados, quer chamar uma terceira escolha para a amanhã. Os trabalhadores não aceitam ter que mais uma vez se deslocar até o local, tendo gastos, pois muitos vem de longe, por conta da falta de preparo da coordenadoria que não deu conta do trabalho que deveria fazer. Vale ressaltar que esses trabalhadores, por serem temporários, estão desde dezembro sem salários.
Também em regionais pequenas como Taió, a superlotação, a exaustiva jornada das escolhas foi relatada pelo Secretário de Comunicação do SINTE-SC Cassiano Marafon, que enviou registro dos trabalhadores em pé no local da escolha.
O SINTE-SC vai continuar acompanhando todo o processo de escolhas, e denunciando qualquer tipo de prejuízo aos docentes ACTs.