Iniciou nesta quarta (15/11) o XII Congresso Estadual do Sinte/SC que reúne mais de 600 trabalhadoras e trabalhadores do magistério catarinense. Reunidos em Urubici, na Serra Catarinense, o Congresso ocorre após seis anos sem ser realizado, devido à pandemia e acontece em um período de reconstrução das politicas públicas, em especial da educação, tão atacada nos últimos governos.
Evandro Accadrolli, coordenador estadual, destacou que uma das maiores dificuldades enfrentadas pela categoria neste ano é ter um governo que age contra a educação pública, preconiza a privatização e precariza a qualidade dos serviços oferecidos, desvalorizando seus trabalhadores.
“Enfrentamos esse governo com grandes assembleias e estamos preparados para uma grande luta para termos uma tabela descompactada. É por isso que o nosso congresso terá trabalhadores e trabalhadoras que construirão debates fortes em ideias. Vamos sair daqui abraçados porque o nosso inimigo é outro, não é a categoria”, ressaltou.
FORTALECIMENTO DA LUTA | A solenidade de abertura contou com a participação de diversas lideranças do movimento sindical e parlamentares que defendem o serviço público.
Em sua fala na mesa de abertura, a secretária dos Aposentados e Coordeandor do XII Congresso do Sinte/SC, Alvete Pasin Bedin, destacou que é um momento importante para montar um plano de lutas e dar continuidade nos enfrentamos ao governo.
“Esse é o dia para sair daqui com um plano de lutas ajustado, definido a partir das propostas que a categoria confiou a nós. Cada um e cada uma que está aqui é uma liderança, que saiu da sua regional, da sua escola, do seu município num feriado e veio até aqui porque sabe da importância desse momento”, disse.
O secretário de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sinte/SC, Marcio José Pereira de Souza, lembrou que o evento acontece em um momento emblemático para a categoria e ressaltou a história do Sinte, que iniciou a caminhada sindical como Associação dos Licenciados de Santa Catarina (Alisc). “A Alisc foi um espaço de resistência durante o período da Ditadura Militar. Se enganaram aqueles que pensaram que os trabalhadores de SC estavam mortos, alienados por todas as atrocidades que nos foram impostas. Estamos vivos muito vivos. Gritemos a nossa vivacidade, comemoremos este encontro, comemoremos esse congresso, pois é um congresso da vida, um congresso do apontamento da esperança”.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, destacou que veio à SC trazer a solidariedade da CNTE pela luta, enfrentamento, garra e determinação dos trabalhadores catarinenses.
“Pelo Brasil afora, estamos acompanhando as denúncias, as perseguições que essa extrema direita, comete contra as trabalhadoras e os trabalhadores em Educação de SC. Nunca tivemos um cenário fácil de atuação, e cada vez que ele piora, somos mais desafiados pra fazer enfrentamento. Vamos fazer isso da forma como sabemos, como construímos historicamente, e como realizamos este momento através do debate, da reflexão, de congressos cheios como esse, mostram a vontade de transformar, de fazer diferente”.
A mesa de abertura do XII Congresso Estadual contou, ainda, com a presenta da vice-coordenadora estadual do Sinte e presidenta da CUT/SC, Anna Julia Rodrigues; o anfitrião e coordenador do Sinte São Joaquim, Thiago Guckert Zelazowski ; a deputada estadual Luciane Carminatti; o deputado federal Pedro Uczai; a representante da Intersindical, Elaine Sallas e o representante do CSP Conlutas, Atenogoras Lopes.
ATRAÇÃO CULTURAL MOVIMENTA PARTICIPANTES | O grupo Africatarina, de Florianópolis, deu início às atividades desta edição do congresso, com um show que agitou e empolgou todos os participantes.
Para encerrar o primeiro dia, a diretoria promoveu a apresentação das resoluções e a leitura e votação do regimento interno. O Congresso acontece até sexta-feira (17/11).