Assédio Moral NÃO – Denuncie

“Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenômeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho”.

 

“Segundo a OIT – Organização Mundial da Saúde as perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois serão as décadas do ‘mal estar na globalização”, onde predominará depressões, angustias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas as políticas neoliberais”. No caso da educação a implementação de projetos meritocráticos que premiam alguns e excluem outros vem de encontro a estas políticas, e é por isto que o SINTE/SC não concorda com elas.

 

A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força após a divulgação da pesquisa brasileira realizada por Dra. Margarida Barreto em sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social, na PUC/ SP, sob o título “Uma jornada de humilhações”.

 

A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o problema de forma casual dentro da organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. O assunto vem sendo discutido amplamente pela sociedade, em particular pelo movimento sindical.

 

Preocupado com os fatos e devido ao grande número de denuncias recebidas o SINTE/SC vem de público externar sua posição de repudio a qualquer ato que leve à exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, dirigidas a um/a ou mais trabalhador/a no exercício de suas funções, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho, por seus/as superiores hierárquicos/as forçando-o/a ao absenteísmo e nos casos mais extremos desistir do emprego.

 

“A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho”.

 

Lembramos que os/as colegas frequentemente reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho. Por isso precisamos estar atentos/as e combater firmemente tais atitudes, pois se constituem uma violência psicológica, causadora de danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha e compactua com esses atos.

 

Não podemos tolerar este tipo de ação dentro das unidades escolares, que na figura de seus superiores busca responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pela situação precária do ambiente de trabalho. Esta visão desfocada não reflete a realidade e impõe aos/as trabalhadores/as um sofrimento perverso.

 

Lembramos que o responsável pela gestão do Patrimônio Público é o governo, portanto cabe a ele zelar pela preservação do espaço físico das escolas bem como pelo bem estar integridade dos/as trabalhadores/as e alunos/as, oferecendo-lhes um ambiente seguro e saudável para que possam desempenhar suas funções de forma produtiva e agradável.

 

Se você trabalhador/a da educação está sofrendo com o Assédio Moral não se cale, denuncie,  ligue para o SINTE/SC que estaremos lhe orientando sobre os procedimentos a serem feitos.

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