Na manhã desta terça-feira, 15 de agosto, signatários do impeachment, representantes sindicais e do movimento social, juristas e parlamentares movimentaram a Assembleia Legislativa do Estado de SC com o objetivo de pressionar o presidente da ALESC, Silvio Dreveck do PP, para dar andamento no processo de impeachment do governador Colombo. No entanto, Dreveck não os recebeu.
A mobilização iniciou no hall de entrada da Assembleia às 10h, onde representantes dos trabalhadores dialogaram sobre a falta de comprometimento e a omissão de Dreveck em fazer tramitar o processo de impeachment na Casa.
Era quase meio-dia quando a presidência abriu suas portas para os dirigentes. Porém, quem os recebeu foi o chefe de gabinete, Jonianderson Menezes, e o procurador-geral da Assembleia Legislativa, Paulo Sérgio Alves Madeira para receber os representantes das entidades a portas fechadas.
Não bastam as denúncias de irregularidades relacionadas aos investimentos na área da educação com valores abaixo do exigido pela Constituição e a retirada de dinheiro da saúde da população catarinense para que o processo, na Casa há mais de três meses, seja tramitado.
A sociedade não aguenta mais esperar. É preciso analisar urgentemente todas essas irregularidades do governador. Mas parece que o presidente da ALESC não está preocupado em dar andamento ao processo. Prova disso foi o fato de não ter recebido as entidades que exigem esclarecimentos sobre o engavetamento do processo.
A presidente da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, que também protocolou o pedido de abertura do processo de impeachment do Colombo, critica a falta de transparência da presidência. “Se os deputados que apoiam o governador falam que ele é inocente, que não fez nada errado, qual o medo de abrir um processo de investigação?”.
Já, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado – SINTE/SC, Aldoir Kraemer, não se conforma com a situação e afirma que “vamos seguir lutando para denunciar a toda a população de SC que Dreveck está sendo irresponsável e prejudicando o povo com o engavetamento do processo.”
O chefe de gabinete e o procurador-geral da Assembleia Legislativa não se comprometeram com nada. Apenas afirmaram que não há prazo para dar andamento no processo e que o presidente da ALESC pode dar encaminhamento aos trâmites até o final do seu mandato, apesar de o regimento interno garantir que são 15 dia após o protocolo do processo.
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