Análise da conjuntura nacional foi o grande debate de ontem no 12º CECUT-SC

Começou ontem o 12º Congresso Estadual da CUT-SC, em Florianópolis, com 413 delegados inscritos, destes 70 representando o SINTE SC. Na mesa da tarde, de análise de conjuntura nacional estiveram presentes o bancário e presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas e José Álvaro Cardoso, economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE.

Em sua fala, José Alvaro destacou a atual situação econômica e sobre o clima de instabilidade criado pelos grandes grupos da mídia, e o interesse econômico de grandes grupos estrangeiros no capital do pré-sal. “O pré-sal tem um grande significado na economia brasileira, as reservas do pré-sal significam 30 trilhões de dólares, que equivale a 10 vezes o PIB brasileiro, é muita riqueza! É isso que eles disputam, quem vai se beneficiar dessa riqueza, o povo brasileiro com melhores políticas públicas ou os grandes empresários internacionais?

Vagner Freitas em seu discurso mencionou os ataques que sofreu por conta de sua fala no diálogo com a Presidente, onde mencionou pegar em armas, ele disse que houve um recorte do contexto da sua fala, com a intenção de nos criminalizar. As armas que eu me refiro são as armas que nós sempre utilizamos, é a nossa organização enquanto classe trabalhadora, a nossa militância e o nosso enfrentamento ideológico contra a burguesia” .

Ele citou que quando o Deputado Bolsonaro falou que mulheres deveriam ser estupradas e outras nem isso mereciam, se referindo a Deputada Maria do Rosário nada aconteceu, que um Senador da República disse que “nossa raça” deveria ser exterminada, que a todo o momento a Presidente Dilma é atacada não só como chefe de estado, mas como mulher, sendo chamada inclusive de “vaca” e nada foi feito. Ele citou ainda a violência, a qual se referiu como uma quase chacina, aos professores do Paraná, com mais de 200 feridos e nada aconteceu ao Secretário de Segurança, apenas sua demissão, o que prova a clara criminalização dos movimentos dos trabalhadores/as.

Vagner mencionou também que a CUT não tem acordo com os ajustes fiscais feitos pelo Governo Federal, que atacaram direitos dos trabalhadores, e que no próximo dia 05/09, apresentarão a Presidente uma proposta alternativa ao Brasil, feito pela Central e DIEESE, sem o pensamento rentista do atual Ministro da Fazenda, e que atenda a agenda dos trabalhadores/as e movimentos sociais, pois o tipo de proposta hoje colocada foi derrotada junto com o Aécio nas eleições.

Sobre as manifestações pedindo o impeachment da Presidente Dilma ele disse, “Levanta a cabeça militância da esquerda, não vamos permitir golpe a democracia no Brasil, não aceitaremos retrocesso”.

Após a exposição, representantes das diversas correntes políticas da CUT, puderam apresentar seu ponto de vista e o debate foi aberto para que os trabalhadores relatassem a sua visão da atual conjuntura do país.

 Escute a entrevista com Vagner Freitas feita pela Assessoria de Imprensa do SINTE/SC

Também entrevistamos a Secretária de Comunicação da CUT Nacional, a catarinense Rosane Bertotti que falou sobre a influência da grande mídia nas manifestações anti Governo Federal, bem como, o boicote da mesma a agenda de movimentos dos trabalhadores/as. Escute.

Fonte: CUT-SC – Silvia Medeiros

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