A Escola de Ensino Fundamental Prefeito Arlindo Barbiero, localizada na cidade de São Domingos, oeste catarinense, corre o risco de fechar suas portas. Em mais um ataque na educação pública estadual, o governo do estado ignora os apelos da população e quer fechar unidade escolar que poderia abrigar mais de 500 estudantes.
A alegação usada pela Secretaria de Educação – SED é que a escola não possui acessibilidade e, ao invés da SED proporcionar reformas para isso, ela opta por fechar mais uma unidade escolar e transferir os estudantes para escolas próximas.
A unidade passa por um processo de sucateamento ao longo dos últimos anos, com redução de turmas e subutilização dos espaços. Possui 36 anos de história, atende filhos de trabalhadores da região e de estudantes do interior e recentemente passou por uma reforma em que foi pintada toda a escola por fora. A unidade possui estrutura adequada para atender cerca de 500 estudantes e poderia ser uma referência no ensino fundamental integral. Mas ao invés de investir na unidade, o governo reduziu o atendimento e hoje apenas 76 alunos estudam no local.
Toda a comunidade escolar de São Domingos se coloca contrária a este fechamento. Um abaixo-assinado físico e virtual mostrou o descontentamento com essa decisão da SED. A prefeitura e todos os vereadores da cidade, também se colocaram contrários ao fechamento, visto que o município já enfrenta falta de vagas para os estudantes do ensino fundamental.
Enquanto o governo do estado ignora o apelo da comunidade e de forma intransigente tenta reduzir espaços da educação, números recordes de isenção fiscal aos grandes empresários milionários, são anunciados nos meios de comunicação. De acordo com matéria do NSC, somente em 2023 estão previstos mais de 20 bilhões de reais de renúncia fiscal. Dinheiro público que poderia ser investido na educação.
O Sinte/SC denuncia mais este ataque a educação pública e se soma aos apelos da população de São Domingos pelo não fechamento da EEF Pref. Arlindo Barbiero. Escolas são espaços de construção, de história da comunidade e de conhecimento, não podem fechar as portas por negligência do Estado.
Em defesa da educação pública, lutamos!