A tentativa de precarizar a educação segue firme pelo Governo Moisés, várias escolas pelo estado estão sem abertura de rematrícula para as séries iniciais, em um claro projeto de desmonte da educação pública e repasse da responsabilidade da educação do estado para o município.
Em Blumenau os estudantes da Escola de Educação Fundamental Julia Lopes de Almeida serão transferidos para a EEB Dom Pedro II, ficando a unidade Julia Lopes somente para atendimento de estudantes do 6º ao 9º ano. A mudança gera transtorno na rotina de muitas famílias, visto que os estudantes maiores já levavam seus irmãos menores na mesma unidade, facilitando a logística das famílias mais vulneráveis que são atendidas pela escola.
Em Ponte Serrada, oeste catarinense, as comunidades escolares da EEB Dom Vital e da EEB Belermino Dalla Vechia conseguiram barrar a municipalização dos anos iniciais através de pressão popular, mobilização das comunidades e até ajuda da Câmara de Vereadores.
Em Xanxerê na EEB Romildo Czepanhik no ano de 2021 fechou 6º Ano e esse ano, o governo fechar o 7º e, consequentemente, fechar os anos finais. A mobilização da comunidade escolar, apoiada pelo Sinte Xanxerê, também conseguiu barrar, mantendo o 7º ano e agora na luta para reabrir o 6º que foi fechado.
A municipalização faz parte de um projeto de desmonte da educação e o Sinte se coloca contrário. Fechar escolas ou cortar vagas, não deve ser projeto de nenhum governo, seja ele municipal ou estadual. São tempos de investimentos na educação e não de redução de atendimento.
Transferir para os municípios brasileiros a condução da educação, seja ela básica ou não, o governo atrela o aprendizado à condição econômica de cada município, o que compromete, e muito, a qualidade do ensino.
Seguiremos atentos e vamos nos somar com as mobilizações das comunidades escolares, para garantir que as unidades permaneçam atendendo seus estudantes. Nossa luta é por mais vagas na educação pública e investimentos!