A pandemia do novo coronavírus, aliada a incompetência e descaso do Governo Federal na gestão da crise sanitária, atingiu impiedosamente a classe trabalhadora. Somente entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil. A educação está entre as atividades econômicas com mais mortes, um crescimento de 106,7%, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O Sinte-SC incansavelmente vem denunciando a gravidade da situação na educação catarinense, com a falta de segurança sanitária, de estrutura nas escolas e de equipamentos de proteção individual (EPIs) para garantia de segurança nas atividades presenciais, que estão ocorrendo por todo Estado, tornando os educadores vítimas desta realidade de doença e morte.
Os dados, divulgados pela primeira vez pela Secretaria de Saúde de SC, sobre óbitos de trabalhadores por covid-19 apontam que a indústria e o comércio estão no topo da lista. Já as mortes de professores catarinenses passam de 200. São famílias que choram a perda de mães, pais, avós. São comunidades escolares que perdem seus educadores, um grande impacto sobre a categoria.
Para o Sinte a lentidão na imunização da população, por falta de vacinas, a não priorização dos trabalhadores de educação, e principalmente a irresponsabilidade do Governo do Estado em impor retorno presencial, foi determinante para os números apontados. Cabe ressaltar que além das mortes, centenas de profissionais adoeceram dentro das escolas, muitos até hoje convivem com as sequelas da doença.
Seguimos em defesa da saúde, da vida e da vacina para todos e todas!
Confira mais dados do estudo do Dieese divulgado pela CNTE: https://bityli.com/Vwh7s