Quando as crianças são perguntadas, sobre o que gostariam de ser quando crescerem, muitas respondem: "…quero ser bombeiro ou bombeira !" Pois esta profissão está associada ao bem; salvar vidas; prestar solidariedade incondicional e, em muitas oportunidades, colocar sua própria vida em risco para poupar seus semelhantes.
Juntamente com a Banda de música da PM, representam os setores mais queridos da Corporação do Serviço Publico de Segurança de Santa Catarina. Assim sendo, quando a maioria dos/as Catarinenses, escolheu um bombeiro para governar nosso estado, pela primeira vez em nossa história, muitas pessoas de diferentes setores sociais e políticos, movidos pelo imaginário positivo da Corporação Centenária, acreditaram que algo novo estava sendo gestado. Era justo, no plano do senso comum, que esta expectativa se firmasse, uma vez que a pessoa eleita, se anunciava um " técnico" procedente dos meios públicos do funcionalismo. Alguns e algumas se animavam, com o fato de que sua esposa tinha sido Professora da Rede Pública Estadual de Educação. Opa!
Também a seu favor, dizia-se sem os " vícios " dos velhos políticos das elites, raposas dos clãs que se enriqueceram sob as custas dos salários, dos cofres governamentais e, que sempre dominaram Santa Catarina.
Assim, o jovem Bombeiro aposentado, na condição de Coronel com um soldo de R$ 26,5 mil, no auge de seus 48 anos de idade, absolutamente desconhecido, no universo da política e história social, da vida catarinense. Portanto, sem nenhum feito notável que lhe conferisse distinção política, ou crédito merecedor de um voto. Então seu sucesso eleitoral, se deu pela comoção pela legenda do 17, nacionalmente, construída sob uma ordem de notícias falseadas que vão se mostrando criminosas, merecedora de um processo de investigação.
Logo, Moisés é fruto indireto desse efeito arrebatador, que influenciou as pessoas comuns, conduzindo-ás por valores irreais, dispostos destruir moralmente os concorrentes eleitorais.
Entretanto, quando Moisés-17 assume o Comando do Estado, passa a cumprir, rigorosamente, tudo que o " …Seu Mestre Mandou…", ou seja destruir o serviço público; violar os direitos dos trabalhadores no serviço público; propor uma reforma previdenciária, tal qual fez Bolsonaro; atacar a educação, com o Novo Ensino Médio, instalação de Escolas Militarizadas, perseguição aos membros do Magistério, e fechamentos de Escolas Públicas. Tudo isso, na perspectiva de um Plano Macro-Econômico, para diminuir o Estado e aumentar o dinheiro disponível para pagar os donos de Bancos.
Nessa questão da Educação, aí reside sua grande perversidade, quando ataca a carreira do Magistério, deixando de pagar a Lei do Piso Salarial dos Professores e Professoras. Prossegue, com o ódio à Educação Pública (como Bolsonaro) pois desmotiva, precariza e sucateia a atividade profissional; tratando-os como lixos humanos e os despreza ao ponto de não lhes dirigir a palavra, ao não receber o SINTE, que há mais de 50 anos é a voz do magistério em nosso estado. Somente as posturas autoritárias governamentais, não conversam com a sociedade civil e suas organizações representativas.
Publicamente ele precisa explicar o descumprimento da Lei do Piso, pois Santa Catarina teve um incremento na arrecadação de impostos, na ordem de mais de 2 bilhões de reais, em 2019 e mesmo assim o seu governo desdenha, debocha e desmanda: Não reconhece suas obrigações com as Leis.
Então, assistimos o ideário dos Bombeiros sendo vilipendiado, especialmente, na garantia de cumprir as regras democráticas para viabilizar as vidas atuais e, futuras de crianças e adolescentes, que vão sofrendo o abandono de Moisés, destruidor dos seus sonhos, representados por uma Escola, alegre com professores em condições de formar nossos jovens, para um futuro que lhes sorria, com esperanças de plenas realizações.
Ao contrário do esperado, por essas crianças e jovens, que depositam nos Bombeiros crenças de que a ideia de salvação, mesmo que numa metáfora, percebendo uma modalidade de heroísmo, descobrirão que na realidade estavam ameaçadas por um Heródes, dissimulado, que percorre Escolas, para fazer Lives sorridentes, mas que age de forma desprezível e destrutiva com a Educação de Santa Catarina.
E para marcar sua ausência de rubor, diante de uma realidade tão complexa, ele não se intimida e sem compaixão recebe R$ 85.000,00, no seu contra-cheque natalino. Sei que vão dizer que é legal, mas não deixa de ser IMORAL.
Governador Moisés, Herói ou Herodes?