– Escola era constantemente invadida e estava com porta quebrada, tudo com o conhecimento da GERED-
Mais um caso de incêndio a uma escola do Estado foi registrado no último domingo, 12/07. A EEB Rosinha Campos fica no bairro Abraão, em Florianópolis e teve duas salas de aula e parte do telhado destruído pelo fogo, que por sorte foi atingida no final de semana quando estava vazia.
Segundo informações publicadas pelo site do Notícias do Dia (ND) a escola era frequentemente invadida por moradores de rua e usuário de drogas. De acordo com a apuração do ND a causa do fogo ainda é desconhecida. Mas o histórico de invasões e o cadeado quebrado de um portão da escola levaram o Corpo de Bombeiros a suspeitar de incêndio criminoso.
A diretora Eliete Bitencourt, contou a reportagem que uma das portas estava quebrada há bastante tempo e que só nos últimos 2 meses registrou 6 boletins de ocorrência por conta das invasões. Ela disse ainda que já havia alertado a PM, a Orsegrups empresa responsável pela vigilância da escola e a Gerência de Educação da Grande Florianópolis, que não tomou nenhuma providência.
Eliete ressaltou que uma das portas da escola estava quebrada há bastante tempo e que já havia solicitado o reparo a GERED, porém sem resposta. Em desabafo disse: “Poderiam ter arrumado e gastado só em uma porta. Agora serão duas salas e parte do telhado, lamentável”.
A Gerente Regional de Educação Dagmar Fava Pacher, jogou a bola para a SDR – Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, ao afirmar que já havia encaminhado pedido de reparos há dois meses, contudo, sem resposta, demonstrando novamente o corriqueiro jogo de empurra deste Governo.
Até quando o este Governo vai continuar sem ser responsabilizado pelos constantes riscos que estão sendo expostos estudantes e trabalhadores nas centenas de escolas totalmente precarizadas pelo Estado? Quantos casos já aconteceram, quantas denúncias já foram feitas pelo SINTE, por trabalhadores, pais e alunos, não podemos esquecer de mencionar os laudos negativos do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária em muitas escolas.
A cada dia que passa, estamos em contagem regressiva para um acidente, que pode se tornar uma triste fatalidade. A escola deve ser um lugar não somente de aprendizagem, mas de segurança, confiança e principalmente de respeito aos seus trabalhadores e estudantes, pois o que vemos é uma sequência de desastres que por muito pouco não teve vítimas humanas, mas será que da próxima vez teremos essa chance? Vamos esperar mais um telhado cair? Outro incêndio? O risco dos fios elétricos expostos em conjunto com as goteiras, o que oportuniza um curto circuito?
Já passou da hora desse Governo ser responsabilizado por seu descaso. Nós do Sindicato continuaremos denunciando e esperamos que os órgãos competentes, que deveriam proteger o povo abram os olhos e enxerguem a verdade, antes que seja tarde.
