Indignada com o descaso comunidade pretende fazer manifesto em frente ao Centro Administrativo
A comunidade escolar através do Presidente da Associação de Pais e Professores, Sr. Edelberto Rodrigues e o Conselho Comunitário do Bairro Monte Verde, onde fica localizada a Escola de Educação Básica Laura Lima, convocaram uma reunião para pais, alunos, professores e chamaram ainda o Ministério Público, Defesa Civil, Bombeiros, SINTE e a imprensa, para discutir a situação da escola, que atualmente encontra-se interditada e com risco iminente de desabamento. Infelizmente, os órgãos públicos convidados não compareceram, para junto à comunidade, tentar encontrar uma solução para os mais de 800 alunos e trabalhadores da Laura Lima que convivem diariamente com o medo e a revolta, vendo a situação precária de um lugar que deveria acolher e educar.
O SINTE Estadual e a Regional de Florianópolis se fizeram presentes, representados por Claudete Mittmann, Carlos Aberto Figueiredo, Rosane de Souza e Rosangela Barreiros, apoiando e ajudando a comunidade escolar a se mobilizar para exigir do Governo, o início imediato da reforma geral da escola. Até agora, apesar de a Laura Lima estar na lista de obras do Estado, nada foi começado. A desculpa desta vez é de que faltam documentos para que a verba prevista para a construção seja liberada.
Segundo informações do Vereador Ricardo Vieira que era membro da comunidade e está apoiando a mobilização, são 20 documentos irregulares, nem mesmo o documento de posse do terreno está em dia. Faltam ainda licenças ambientais, pois a escola fica em local próximo a área de preservação e os alvarás da vigilância sanitária e Bombeiros. Um verdadeiro caos! Como é possível uma escola do Estado não ter documentos para seu funcionamento. Hoje a comunidade paga o preço por uma incompetência burocrática do Governo de SC.
A situação da escola Laura Lima não é diferente do que acontece com um grande número de escolas estado afora. O poder público que deveria zelar pelo cumprimento da lei é o primeiro a desrespeitá-la, pois ergue escolas em áreas de preservação e mais, ao permitir que funcionem sem as devidas licenças e laudos atestando que o local é seguro, está colocando em risco a integridade física e até a vida de alunos/as e profissionais que trabalham nestes ambientes.
A falta de responsabilidade é tanta que está sendo construída uma escola no aterro da Baia Sul logo após o Túnel Antonieta de Barros entre a rodovia e o mangue no cruzamento entre o viaduto e a rodovia que leva ao aeroporto. O que nos perturba é que além de estar praticamente num local de preservação, o trafego é intenso e o barulho vai ser insuportável. Outro problema e é o espaço disponível para quadra de esportes e pátio para o recreio, pois o espaço lá é muito pequeno a menos que façam no outro lado da rodovia.
Para nós que trabalhamos com educação as escolas deveriam ser construídas em locais seguros salubres e com espaço suficiente para que alunos/as e professores/as possam desenvolver atividades pedagógicas de forma eficiente e prazerosa, mas parece que a lógica adotada pelo poder público para construir escolas continua sendo a dos equívocos.
O Presidente da APP em sua fala, indignado, afirmou que desde 2005 pedem estas obras, e que continuam sendo enrolados. Foi ele que começou toda a mobilização pela escola. Seu Edelberto quer saber do Governo porque as crianças e adolescentes da comunidade só têm duas horas de aula por dia. Porque elas não têm mais salas de aula, nem laboratórios, nem biblioteca. E porque todos precisam correr risco de vida para estudar ou trabalhar. Onde estão as verbas da educação?
De acordo com informações da Secretaria de Desenvolvimento Regional, as verbas só podem ser liberadas pelo BNDE quando a documentação que está faltando, ou seja, praticamente todas, estejam em ordem. Mas quem deve correr atrás da atualização desta papelada? A comunidade escolar ou o Governo do Estado? Deixa-me entender: o Governo está cobrando de si mesmo para iniciar as obras? Com que objetivo?
O Vereador Ricardo afirmou que vai encaminhar audiência pública na Câmara de Florianópolis, e chamar o Governo do Estado, SED, SDR, BNDE e Ministério Público para esclarecer o que está acontecendo com a demora nas obras nas escolas interditadas ou em situação de precariedade.
Mesmo na falta dos agentes públicos que deveriam auxiliar a comunidade, a mesma decidiu tomar uma atitude. Na próxima quarta-feira haverá uma grande mobilização e uma caminhada de protesto rumo ao Centro Administrativo. Eles querem chamar a atenção do Governador e da sociedade para a gravíssima situação na escola, algo que infelizmente não é pontual, e está acontecendo em todo o Estado.
O SINTE vai estar presente para apoiar a mobilização, inclusive a Regional de Florianópolis se prontificou a custear o transporte da comunidade até o local do manifesto. Sendo assim, convocamos os trabalhadores e trabalhadoras da educação para se unir a este movimento, e reivindicar o início urgente da reforma na EEB Laura Lima e nas demais escolas do Estado que pedem socorro.
Contatos:
Alvete Pasin Bedin – Coordenadora Estadual SINTE/SC
(49)9126-1380 (48)9177-3304
Janete Silva – Vice-Coordenadora Estadual do SINTE/SC
(48)9931-1960 (48)9178-9477
Anna Julia Rodrigues – Secretária Geral SINTE/SC
(48) 9178-7029
Graciela Caino Fell
Jornalista Profissional
MTB: 0004455SC
ASSESSORA DE IMPRENSA SINTE – SC
(48) 9178-9026 ou 3224-6257