O dia 25 de julho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. Desde 2014 no Brasil, o dia 25 de julho também é celebrado o Dia Nacional de Tereza Benguela, uma mulher representante da Luta Quilombola e indígena, que enfrentou a escravidão no século 18.
O feminismo Negro, se constitui num processo de luta constante, que remota aos primórdios da humanidade, e que no Brasil, exige uma maior envergadura, determinada pela histórica escravidão, que dela derivou intermináveis danos às vidas das mulheres negras escravizadas – e de suas descendentes.
Por esta razão, faz-se necessária o prosseguimento e sustentação da resistência ao machismo, racismo, preconceitos e discriminações impostas às Mulheres Negras, de todas as idades e condições sócio-econômicas-políticas e culturais.
A data de 25 de julho, segue então, nesta perspectiva de rompimento das estruturas sócio institucional, objetivando a eliminação das complexas teias, que abrigam e organizam as desigualdades, pelo trinômio sexista-machista-racista, pilar da exploração.
Tal visão estratégica se evidencia por esta conjuntura política, onde o recurso ao ódio racial, de classe e de gênero voltam ao cenário da história, como fundamentos da renovação da exploração e do lucro desmedido das forças humanas. E para conseguir esses objetivos, torna-se fundamental anunciar a violência contra as mulheres, como a Política de Governo, onde todos os ataques ferem a base social, local onde se encontram as mulheres negras.
O fascismo mercenário de Bolsonaro e seus agentes cumprem essa Agenda Internacional, a serviço das grandes corporações internacionais alinhou as forças de Estado (legislativo, judiciário e executivo) para esse Programa Genocida, contra o povo brasileiro, ou seja, contra as mulheres negras, que sempre são as mais penalizadas, num modelo de sociedade capitalista periférica, que se sustenta da neo-escravatura.
Assim, o Brasil e toda a América- Latina e Caribenha, precisam recuperar o processo democrático como via de desenvolvimento. Porém, isto poderá acontecer se no paralelo desta busca, os direitos de cidadania das mulheres negras estiverem assegurados, tarefa e responsabilidade, de todas e todos que se movem pela utopia da democracia.